Crime e violência no seringal

Por volta das 14:00 horas desta segunda o Delegado Rêmullo Diniz tomou conhecimento da morte de um adolescente numa colônia localizada no seringal Samaúma Nova e juntamente com o detetive Márcio se deslocou de barco para o local para verificar a ocorrência, onde se deparou com o brutal assassinato do menor M. C. V., de 15 anos de idade, morto covardemente à golpes de terçado na cabeça, pescoço, e região lombar, por Antonio Pereira da Silva, vulgo "toim", 31 anos.

Com o apoio dos ribeirinhos, que apontavam para onde o autor fugira, os policiais iniciaram uma perseguição implacável ao homicida, que foi interceptado e cercado. Ainda segurando a arma do crime, o assassino passou a ameaçar de morte os policiais e partiu para cima do agente no momento em que ele perdeu o equilíbrio por conta do terreno escorregadio. Diante do perigo para o policial, o Delegado efetuou um disparo cirúrgico no meliante, que tombou, sendo desarmado e preso.

De acordo com as declarações prestadas pelo irmão da vítima, de 7 anos de idade, e de um amigo, com 15, as crianças foram envolvidas numa cilada armada pelo "toim", que matou o jovem com requintes de crueldade. Mesmo agonizando com os golpes fatais, a vítima ainda lutou, permitindo que os outros pudessem fugir e procurar ajuda. Ainda conforme as informações, o assassinato ocorreu porque a vítima negou emprestar uma canoa ao criminoso, em obediência as determinações de seu pai.

Revoltados, familiares e amigos manifestaram a vontade de fazer justiça com as próprias mãos no momento da chegada dos policiais trazendo o corpo da vítima e o autor do crime, sendo necessário montar todo um aparato policial envolvendo Polícia Civil, Polícia Militar, Bombeiros, profissionais da saúde do hospital de Manoel Urbano, e agentes vindos de Sena Madureira que encaminharam o corpo ao IML para perícia. No translado do meliante para Rio Branco, onde foi operado para retirada do bombom de aço que recebeu por tentar atacar a Polícia, o assassino demonstrava o tempo inteiro seu desprezo total pela vida humana, dizendo que não estava arrependido, e afirmando que vai se vingar por ter sido impedido de concluir o que havia planejado, ameaçando os policiais proferindo: "vocês vão ver como é que se faz (mata) um homem!".

Vídeo do homicida ameaçando os policiais